No ano passado, os venezuelanos receberam mais de US$ 5,4 bi em remessas, constituindo pelo menos 6% do PIB.
À medida que a Venezuela se recupera de uma das crises econômicas mais terríveis da sua história, mais famílias recorrem a uma tábua de salvação não convencional: a criptomoeda.
As remessas, ou pagamentos em dinheiro de parentes que vivem no exterior, são tradicionalmente enviadas através de bancos internacionais ou empresas financeiras de varejo, como Western Union ou MoneyGram, muitas vezes sobrecarregadas com altas taxas de transação de até 7%. Com a volatilidade do bolívar e uma série de restrições governamentais, e as transferências que levam até três dias úteis para serem concluídas, a velocidade muitas vezes dá vantagem aos criptoativos.
Na última década, a Venezuela tornou-se uma das principais nações dependentes de remessas na América do Sul. Após a crescente crise migratória que o país enfrentou, cerca de 30% das famílias venezuelanas começaram a receber remessas, de acordo com um estudo do think tank Diálogo Interamericano. A quantia transmitida via cripto possivelmente atingiu o recorde de 9% no ano passado, de acordo com dados da empresa de análise de blockchain Chainalysis.
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